segunda-feira, 2 de abril de 2012

Supostos benefícios de uma malha ferroviária bem estruturada ao Brasil.


Ter mais e melhores ferrovias ajudaria a aliviar a sobrecarga nos transportes aéreo e rodoviário. Dos 29 798 quilômetros de ferrovias que existem no Brasil, mais ou menos 10 mil foram construídos pelo imperador dom Pedro 2º. Como ninguém nunca mais investiu tanto quanto ele em trens, a malha ainda tem cara de século 19 e não satisfaz às nossas necessidades há muito tempo. “Essas ferrovias foram construídas seguindo uma lógica que não se aplica mais aos dias de hoje. Estamos completamente defasados desde a década de 1950, quando resolvemos investir quase que exclusivamente em rodovias”, diz Orlando Fontes Lima Júnior, professor de planejamento de transportes da Unicamp. A malha brasileira é malconservada e insuficiente – temos tantos quilômetros de trilhos quanto o Japão, cujo território é do tamanho do estado de São Paulo. Os EUA têm 14 vezes mais ferrovias do que nós. A ênfase nas rodovias deixa o transporte de cargas mais caro, principalmente para grandes volumes e grandes distâncias. Além disso, faltam bons trens de passageiros, que liguem as maiores cidades entre si, e linhas de turismo que explorem todas as nossas belezas naturais. 

O Brasil nos trilhos

Abaixo, como seria a malha do transporte ferroviário de cargas:
CARGA NOS TRILHOS
Se uma carreta leva até 30 toneladas de carga, um trem chega a 3 mil. Construir trilhos é caro, mas mesmo assim esse tipo de transporte é 20% mais barato do que o rodoviário, ainda mais em distâncias acima de 600 quilômetros. Só que 62% do transporte no Brasil é feito por rodovias, e 23% por ferrovias. E a malha não alcança as novas fronteiras agrícolas, como o oeste da Bahia, o Mato Grosso e o Tocantins.
TRAJETOS LONGOS
Só existe uma linha de trem de passageiros de longo percurso com saídas diárias – é o trajeto Vitória-Belo Horizonte, de 664 quilômetros. Para atrair passageiros, os trens turísticos de longa distância devem ser uma atração em si, como os navios de cruzeiro. Em rotas como a Transertaneja (que cruzaria o Nordeste), o usuário poderia admirar a paisagem de dentro de trens luxuosos, com restaurante, dormitórios e tudo o que compense o cansaço da viagem.
TRAJETOS CURTOS
O modelo europeu de usar as ferrovias como transporte barato, porém lento, não é adequado para um país do tamanho do Brasil – para viagens longas, é mais vantajoso voar ou mesmo ir de ônibus. Aqui, uma boa aposta são os trajetos curtos (como a linha Curitiba-Paranaguá, que transporta 165 mil pessoas ao ano). Esses vagões também fariam sucesso em regiões com atrações turísticas próximas entre si, como a Serra Gaúcha – em roteiros assim, o passageiro passa pouco tempo em trânsito e pode aproveitar o destino.
TREM-BALA
Um trem de alta velocidade seria uma opção para absorver parte do 1,5 milhão de usuários da ponte aérea Rio-São Paulo. A construção dessas linhas requer terrenos planos ou obras caras – como viadutos – para suavizar rampas e curvas. O trecho Rio-São Paulo, por exemplo, custaria R$ 18 bilhões. Só mais um trajeto teria passageiros o bastante para ser viável: São Paulo a Brasília, passando por pólos do agronegócio como Ribeirão Preto.


O mal aproveitamento da linha ferroviária no país se deve a variados fatores.
A defasagem e a má qualidade dos serviços prestados são alguns deles. Problemas de infraestrutura e vagões avariados afetando carregamentos.
Não menos relevante, é a falta de uma maior comunicação e associação entre as empresas do setor. As regiões do país são contempladas com diferentes empresas operando em cada uma delas. Interessante seria caso existissem redes ferroviárias ou ao menos parcerias para que o transporte no setor fosse beneficiados.
Outros fatores também influenciam, como a carência de incentivos governamentais e instalações físicas necessárias. Porém, é fato que uma melhor malha ferroviária beneficiaria a todo população com mais opções de transportes, menor custo e desafogamento nas outras vias de transportes existentes. 

Um comentário:

  1. ”Trens regionais pendulares de passageiros de médio e longo percurso São Paulo-Minas-Brasília.”

    Para que possamos ter definido um trajeto para trens regionais de passageiros de médio e longo percurso São Paulo - Brasília, utilizando o canteiro central da Rodovia dos Bandeirantes-SP (2ª etapa) passando por muitas das cidades citadas abaixo entre outras, além de um trajeto coerente para cargas, (dupla função) com o fator de sazonalidade igual a zero, deveremos tomar as seguintes providências;

    1ª fase Interligar a ferrovia Norte / Sul com ramal para Brasília-DF com a Ferrovia Centro Atlântica FCA existente passando pelas cidades de Anápolis-GO, Araguari, Uberlândia, Uberaba-MG que hoje se encontram operando somente em bitola métrica, com a implantação de bitola mista ( 1,0 + 1,6 m ), passando por Ribeirão Preto, até o ponto que se encontram com a bitola larga em Campinas, aí já seguindo para Jundiaí e a capital-SP.

    2ª fase Interligar em linha paralela com a ferrovia Norte / Sul passando por Goiânia, Anápolis, Itumbiara-GO, Monte Alegre de Minas, Prata e Frutal-MG e adentrando pelo centro norte de SP na cidade de Colômbia, e a partir daí seguindo por ferrovias existentes por Barretos, Bebedouro, Jaboticabal, até Araraquara no centro de São Paulo, com bifurcação para Panorama ou para a estação Júlio Prestes na capital-SP, ambos os trajetos como função de linhas troncos.

    A maior parte destas propostas é a de se utilizar ao máximo os trechos ferroviários existentes que se estejam desativados ou subutilizados, mas que se encontram-se em regiões de grande potencial, que no passado já possuíram ferrovias a fazer parte de seu desenvolvimento, e que inexplicavelmente se encontram abandonadas, principalmente no estado de São Paulo, e o trecho novo complementar se limita a, ligação ferroviária Norte / Sul, Anápolis, Itumbiara-GO Colômbia-SP ~380 km, a maior parte em Minas Gerais. (Esta ligação tem a função de interligar na menor distância em bitola larga os pontos onde se encontram paralisadas ao Norte Anápolis-GO com a ao Sul Colômbia-SP), que hoje não existe, em um tempo, distância e custo de implantação muito inferior à proposta original, além que poderá ser utilizada como trens de passageiros.

    Notas:
    1ª Fica definida a cidade de Panorama-SP de onde deve partir rumo ao Rio Grande do Sul a continuidade da ferrovia Norte / Sul.
    2ª Alguns trechos entre Colômbia e Panorama-SP se encontram em estado precário, ou erradicados, portanto devem ser refeitos.
    3ª A utilização do canteiro central da Rodovia dos Bandeirantes entre São Paulo e Campinas em uma segunda etapa se faz necessário, pois o trecho existente se encontra saturado.

    ResponderExcluir